O
filme que deu o Oscar de Melhor Ator a Eddie Redmayne é a história de
um grande amor, e de como um grande amor pode ser a base de uma carreira
científica brilhante.
O
filme dirigido por James Marsh mostra que, sem o amor e a dedicação de
Jane Hawking, Stephen não teria tido o suporte familiar para continuar
estudando e produzindo. Também não teria vivido para escrever seu
best-seller "Breve história do tempo". É um filme que, mais do que
nunca, confirma o clichê "Por trás de um grande homem, sempre existe uma
grande mulher".
O roteiro baseia-se na obra de Jane Hawking e
enfoca a relação de Stephen e Jane, em como os dois se conheceram e
tiveram logo de enfrentar o diagnóstico terrível de uma doença
incurável. Desde o começo, a inabalável decisão de Jane de ficar ao lado
de Stephen foi essencial para que o jovem cientista pudesse continuar a
vida e torná-la produtiva, apesar das dificuldades crescentes em razão
da enfermidade.
Um
dos momentos mais tocantes do filme é quando Stephen é internado em
coma na França e o médico faz a Jane uma pergunta angustiante.
A
Jane verdadeira, com sua simpatia contagiante e voz delicada, deu esta
reveladora entrevista a uma rádio da Espanha (ela é fluente em espanhol
pois fez seu Doutorado sobre Poesia Medieval Espanhola) (desnecessário
dizer que não se recomenda assistir à entrevista antes de assistir ao
filme, pois os entrevistadores dão spoilers):
A primeira esposa de Stephen conta nesta outra entrevista porque se decepcionou com alguns aspectos da adaptação, e de como as pessoas não devem levar ao pé da letra os detalhes de uma adaptação fílmica.
Por sua vez, o diretor James Marsh tem no currículo um Oscar de Melhor Documentário por O equilibrista (Man on Wire, 2009),
que retrata as peripécias de Philippe Petit para cruzar sobre um arame
estendido entre as torres gêmeas do World Trade Center em 1974.
A propósito, depois de A teoria de tudo, James Marsh emendou outro filme inspirado na vida real, Somente o mar sabe, em que Marsh volta a mostrar a capacidade de suscitar boas atuações. O diretor também repete a parceria com o compositor islandês Jóhann Jóhannsson, que veio a falecer em 2018, assim como o próprio Stephen Hawking.
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